Crédito mais caro após aumento do IOF

Este humilde blog que permeia assuntos econômicos e tributários, obteve sem querer um quê de vidente.
Falamos, desde sua criação, em IOF e recentemente nas dificuldades que o governo tem enfrentado diante da necessidade de tomar medidas capazes de obter êxito na contenção do aumento nocivo da inflação.

Ontem Guido Mantega anunciou a elevação do IOF ( imposto sobre operações financeiras) sobre as operações de crédito para pessoas físicas.
A medida passa a vigorar a partir da próxima segunda-feira.
Pretende-se, através desta nova medida restritiva, desacelerar o aumento da inflação que já alcançou o patamar de 6,3% em 12 meses até março, colocando em cheque a meta do governo (4,5%).

De acordo com o Jornal O Dia "inicialmente, o ministro informara que o IOF seria de 1,5%. Em seguida, corrigiu e afirmou que a elevação seria de 1,5 ponto percentual".

Portanto, a partir de agora sobre todas as operações de crédito que envolvam pessoa física incidirá 3% de IOF.
O ministro alega que a medida é regulatória e pode ser suprimida quando houver a normalização da oferta de crédito.

Alguém aqui acredita nisso?

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6 Comentários

  1. Legal! Alguma dica pra bovespa? ^^

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  2. "O ministro alega que a medida é regulatória e pode ser suprimida quando houver a normalização da oferta de crédito."

    Não foi algo assim que alegaram durante a criação da CPMF como taxa de caráter temporário? E nós vimos quanto "tempo" foi necessário...

    (P.S: Eu conheci uma Stefani Juliana, formada em Direito, há poucos dias entre um vôo saído de Floripa e um em Guarulhos - não me diga que...)

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  3. De volta aos anos 60!

    Visita http://palavrasdechocolate.blogspot.com/2011/04/de-volta-aos-anos-60.html E vem saber um pouco mais sobre os anos 60 em Portugal!

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  4. Na última reunião do COPOM havia ficado claro a dificuldade que o governo está tendo em desacelerar a inflação e que, por conta disso, medidas macroprudenciais poderiam ser tomadas além do aumento dos juros.
    Acredito que este aumento do IOF elevará os spreads bancários, como efeito compensatório em função da expectativa de aumento da inadimplência. Desta forma teremos uma desaceleração do ritmo dos financiamentos e o governo poderá atingir, ainda que parcialmente, o objetivo perseguido.

    Cumpre ressaltar que, como a maioria sabe, este não é o melhor remédio. Infelizmente, não há expectativa de uma reforma estrutural em nossa economia para melhorar a oferta, como uma reforma trabalhista e tributária, capazes de não comprometer o crescimento sustentável e de nos tornar competitivos no mercado externo.

    Falando em ibovespa, além do desafio com a inflação, o cenário ainda é de incerteza, principalmente na seara internacional. O setor de trabalho e o setor imobiliário dos EUA continuam a preocupar o mercado, mesmo apresentando sinais de melhora.

    Acredito que este ano também será marcado por alta volatilidade e a expectativa de fechamento é estável, decorrente da busca pelo mercado por ativos livres de risco. Lembrando que quanto mais alta for a taxa de juros no Brasil, menos atrativa a bolsa ficará.

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  5. "Lembrando que quanto mais alta for a taxa de juros no Brasil, menos atrativa a bolsa ficará." - e poderiamos completar com "e mais atrativo torna-se o Tesouro Nacional", correto? Ainda não parei pra observar o desempenho do Tesouro esse ano, mas dado o cenário que você traçou, com o governo carente de recursos e os investidores correndo da bolsa... suponho que seja atraente.

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